
Para lá dos conceitos, pretende-se que os frequentadores deste workshop tenham contacto com vários tipos de ferramentas, materiais e acabamentos que lhes permitam mais tarde ter uma autonomia técnica e criativa para a elaboração dos seus próprios projectos.
WORKSHOP DE BAINHAS EM PELE I 10 de Novembro de 2018
Local: Atelier Lombo do Ferreiro I Rua 10 de Julho, Nº 10, Relvas I 2500-796 Santa Catarina - Caldas da Rainha
Horário: 9h30 - 19h30
Formador: Sérgio santos
Conteúdos Abordados: As ferramentas utilizadas no trabalho da pele | Como desenhar a sua bainha de faca, de forma a que ela seja elegante prática e segura | Cortar a pele, colar, coser, tingir, moldar e acabamentos serão explicados com simplicidade | Improvisar ferramentas.
Destinatários: pessoas com interesse nesta área com ou sem experiência (maiores de 16 anos)
Limite Participantes: 6
Inscrição validada mediante pagamento: 90€
Incluí: Materiais para a execução e acabamento da bainha (pele, linhas, tintas etc.) I Brochura "A minha 1ª bainha - Introdução ao artesanato em pele" I Almoço
Não inclui a faca: Os participantes devem vir munidos da sua faca, no caso de não possuírem será disponibilizada uma durante a execução da bainha.
Inscrições e informações:
Lombo do Ferreiro
Rua 10 de Julho, Nº 10, Relvas I 2500-796 Santa Catarina - Caldas da Rainha
Telefone: 262 098 585
Email: geral@lombodoferreiro.com
" Há algumas décadas atrás, ainda criança, ficava maravilhado ao ver o meu avô, o Mestre "Jaquim", um sapateiro de uma aldeia do interior Algarvio, a praticar as suas artes.
Passava horas (não havia televisão, telemóveis, nem internet...), a vê-lo cortar a pele, fazer o fio para coser, ainda não se usavam os fios encerados vendidos em rolo que se usam na actualidade, e com mestria colocar as cerdas (pelo de javali) nas pontas afinadas do fio, a servirem de ajuda para atravessar a pele anteriormente furada com uma sovela.
Dessas memórias das férias passadas em Benafim, veio o gosto e a vontade de aprender as artes do couro. Após o primeiro coldre que mandei coser a um sapateiro, não tendo ficado satisfeito com a costura de máquina, pedi alguns conselhos a meu pai: das suas memórias e das minhas resultaram experiência.
De colegas e amigos que, vendo as minhas peças, me fizeram as primeiras encomendas, rápidamente passei a fornecer primeiro um armeiro que existia na Praça de Londres, e depois outro e outro. Fiz trabalhos de pele para o Banco de Portugal, Policia Judiciária, Força Aérea, etc.
Sempre tentando melhorar, foram livros e livros devorados, revistas, DVD´s, internet e acima de tudo experimentar, falhar, mas nunca desistir.
Depois veio a oportunidade de praticar outra paixão: a cutelaria. E aí pude dar largas á imaginação: as bainhas ganharam pinturas, gravações, embutidos, moldagens e todo um sem fim de coisas que o artesanato em pele permite.
Neste e em próximos workshops vou apenas abrir uma porta: a forma como arrumam a casa está na vossa vontade e gosto pessoal.
Transmitir a minha experiência de quase trinta anos de prática é uma necessidade e um prazer.
Rejo-me pela máxima: "O verdadeiro mestre mantem-se aprendiz toda a vida". "
Sérgio Santos
1 Comment(s)
Que artigo interessante, gostei muito de ler.
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